De repente ficou tudo parado.
Não tenho mais o seu abraço.
Só saudades e vontades.
De um aperto de mão.
Um contato real nada de virtual.
A meio tudo isso só sinto sua presença
Através de mensagens por e-mail.
Qualquer coisa se quero lhe falar.
Algo mais animado te mando.
Notícias minhas por WhatsApp.
Sinto saudades do meu povo.
Que sofrem calados sem entender nada.
E pensam que isso não tem fim.
Só vejo o sol brilhar com esperança.
De tudo isso terminar.
E vamos viajar viu, para qualquer lugar.
Acaba logo essa peste
Eu quero viajar pro Nordeste.
Ando solitário nem escrevo.
Mais em meu diário.
Pois não tem ninguém pra ler.
Voltem e venham ver.
Os nossos parques, as nossas praças.
Vamos dançar, vamos nos encontrar.
E pelos bosques saltitar.
E até mesmo a água do mar.
Até quando esperar.
Não tenho mais paciência
Com vídeos conferencias.
Tudo trava a fala para.
Não quero um novo normal.
Quero te abraçar, quero te beijar.
Ao seu lado estar.
Acaba logo essa peste
Eu quero viajar pro Nordeste.
E vamos viajar viu!
Germano Gonçalvez, morador do bairro Pq. São Rafael zona leste, natural de São Caetano do Sul, SP, em abril de 1963. Está como escritor, poeta e professor. Está engajado na literatura urbana marginal. Realiza projetos no incentivo a leitura, e é o idealizador do sarau urbanista concreto. Tem três obras publicadas por editoras independentes; O ex-excluído – poemas, Literatura urbana marginal – ensaio social e Contos marginais – contos periféricos. Faz parte da organização Força Cultural nos assuntos literários.