Suposta injúria racial em hospital particular da Zona Leste

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A denunciante é uma faxineira que atua em empresa terceirizada que presta serviços ao Hospital Salvalus na Mooca, que é administrado pelo Notredame Intermédica.
injúria racial
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Claro que a Polícia ainda está apurando o ocorrido, mas se realmente for comprovado, o Brasil estará diante de um dos mais sórdidos e cruéis crimes de racismo já ocorridos.

29/04/2024 – A denunciante é uma faxineira que atua em empresa terceirizada que presta serviços ao Hospital Salvalus na Mooca, que é administrado pelo Notredame Intermédica.

Se para alguém bem posicionado financeira e profissionalmente já é difícil encarar ofensas por causa da sua raça, imagine para alguém da base da pirâmide social, que provavelmente já enfrente diversas outras dificuldades no dia a dia como falta de acesso a condições mínimas de vida.

Foi o que supostamente pode ter ocorrido em um quarto da enfermaria do Hospital Salvalus. Segundo a denunciante, que vamos preservar a sua identidade, ela entrou no quarto onde um senhor estava internado. O seu objetivo era fazer o que sempre faz: limpar mais aquele quarto, como faz diariamente, foi quando ouviu as seguintes frases: “Tem uma macaca aqui”, “estou sentindo cheiro de macaco”, as ofensas – segundo ela informou- foram proferidas pelo paciente, que gargalhou.

Quando o acompanhante chegou perto da vítima, o paciente completou: “achou a macaca?”. Constrangida teria saído do quarto e procurou a encarregada do setor para relatar o caso, que por sua vez encaminhou os dados do paciente para a Notredame Intermédica, que administra a unidade.

A vítima contou a reportagem que acompanhada pela encarregada fez Boletim de Ocorrência no DHPP – Decradi no dia 3 de abril último. O número do BO é QY7446-1.

Vale informar que a vítima atua na empresa terceirizada contratada pelo hospital. Ela conta que até o momento nem o hospital e tampouco a terceirizada tomaram qualquer providência referente ao caso. Segundo ela, “nem mesmo o prontuário do paciente conseguiu ter acesso”.

 

 

Resposta do Hospital Salvalus

 

Ao tomar conhecimento do ocorrido, a Companhia comunicou imediatamente à empresa parceira, responsável pela colaboradora terceirizada, para disponibilizar toda a assistência e cuidados necessários, incluindo acolhimento psicológico. Além disso, a Operadora orientou a funcionária a registrar um Boletim de Ocorrência para a devida investigação policial e está em contato com ela, mantendo-se à disposição para colaborar com o inquérito policial.

A empresa reafirma seu compromisso em promover um ambiente livre de assédio e discriminação, tanto dentro quanto fora de seus espaços físicos, em criar mecanismos eficazes para denunciar e colaborar com os órgãos competentes para as investigações de possíveis casos de racismo, em conformidade com o Código de Ética da Operadora, que repudia toda e qualquer forma de discriminação e ressalta ainda que é signatária do Pacto Global e do Movimento Raça e Prioridade.

A Companhia reitera seu compromisso com a transparência, responsabilidade e respeito aos direitos humanos. Segue em constante diálogo com colaboradores, parceiros terceirizados e clientes, buscando formas de aprimorar nossos protocolos e garantir um ambiente inclusivo para todos.

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