Projeto inovador de requalificação urbana vai estimular o desenvolvimento do entorno da futura Estação Lajeado da CPTM

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Trata-se de um projeto inovador de requalificação urbana, que vai melhorar a oferta de habitação, comércio, serviços e mobilidade nessa região.
Estação Lajeado
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A região da futura Estação Lajeado da linha 11 – Coral da CPTM, em Guaianases, Zona Leste, será a primeira da capital a receber intervenções para o desenvolvimento urbano, por meio de um convênio entre a Prefeitura e o Governo do Estado, na primeira etapa de implantação da Nova Centralidade Urbana, que, entre outras intervenções, prevê até 1,5 mil moradias populares. O investimento conjunto soma R$ 23 milhões.

Trata-se de um projeto inovador de requalificação urbana, que vai melhorar a oferta de habitação, comércio, serviços e mobilidade nessa região. Ao assinar o convênio nesta sexta-feira (3), o prefeito Ricardo Nunes disse que as novas habitações vão atender as demandas da CDHU e da Cohab para que as pessoas possam sair de áreas de risco e poderem morar com dignidade perto da estação da CPTM. “Vamos melhorar a vida de 1.500 famílias e de todas as outras do entorno que moram aqui pois no projeto também estão previstas áreas de esporte, de lazer, algo que realmente vai mudar a região”, explicou Nunes.

Segundo o prefeito, a região também será contemplada com um piscinão. “Vamos construir o reservatório Itaquera Mirim, que terá capacidade para armazenar 325 mil m³ de água e investimento de R$ 221 milhões”, contou.

O convênio foi assinado pela Companhia Metropolitana de Habitação (COHAB-SP), Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU) e Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). As companhias atuam no planejamento e execução do projeto, que além das novas unidades habitacionais, entre moradias de interesse social e mercado popular, prevê equipamentos públicos, espaços para comércio e serviços e dois novos terminais de ônibus nos acessos da futura Estação Lajeado, que contará com um centro de serviços que integrará o atual fórum da região.

Segundo o vice-governador, Felicio Ramuth, a ação é mais um esforço conjunto entre o Governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo. “Todas as obras numa cidade como São Paulo, numa região como essa, com alto índice de ocupação, são complexas, que envolvem desapropriação”, disse o vice-governador, explicando que a desapropriação será necessária para implantação da nova estação, mas que a área onde as unidades habitacionais serão construídas pertence à CDHU. “São tempos distintos, são obras complexas, mas que a gente deu o primeiro passo para transformar esse desejo da região leste em realidade”, disse.

População pendular
O objetivo do projeto Nova Centralidade Urbana é melhorar o planejamento e desenvolvimento das cidades, tornando-as mais integradas com os demais serviços que compõem esses municípios. “Quando nós temos empregos numa região da cidade e moradia em outra região e não temos serviços adequados, acaba-se criando uma movimentação pendular que é muito prejudicial para a cidade”, detalhou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco.

O secretário explicou que o deslocamento diário de um grande volume de pessoas da Zona Leste para o Centro da cidade causa um enorme impacto social. “Diariamente são 3 milhões de pessoas. Isso é a população de um país como o Uruguai. Isso faz o Estado ter um custo muito grande, mas mais do que isso, as pessoas têm um custo pessoal muito grande em ter que se movimentar em distâncias muito grandes, de perder tempo no deslocamento e perder a capacidade de produtividade no trabalho e possibilidade de ficar com a sua família”, acrescentou.

A ideia é que ao se criar a centralidade a qualidade de vida da população vai melhorar e os custos para as pessoas e para o Estado e município vão cair.

A implantação do projeto deverá durar até 2 anos, com a realização de levantamentos e licenciamentos, além dos 47,9 mil m2 de desapropriações necessárias para as obras físicas, que serão realizadas na segunda fase, para a qual será firmado um novo convênio entre Estado e município.

Para o diretor-presidente da COHAB-SP, João Cury, além de ser um bom projeto, existe a vontade de de transformar a região. “As pessoas que serão atendidas aqui precisam de um atendimento rápido do poder público e essa união de esforços que a gente tem aqui com Cohab, CPTM, CDHU, Governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo é um exemplo de que quando a gente quer, a gente consegue fazer rápido, fazer juntos”, completou.

A COHAB-SP cuidará da articulação com outros órgãos municipais e irá elaborar projetos, viabilizar licenciamentos e alvarás por meio do contrato do Lote 10 da PPP Municipal da Habitação. De acordo com presidente da CDHU, Reinaldo Iapequino, como a COHAB já tem o contrato de uma PPP licitada e em curso, vai agilizar os processos, por incluir tudo em um único pacote. “Se a gente tivesse que fazer cada uma das ações separadamente seria muito difícil integrar os cronogramas. O contrato da PPP permite numa só relação jurídica estabelecer todas essas correlações.”

A CDHU ficará responsável pela articulação com outros órgãos estaduais, pelos levantamentos técnicos, desapropriações e financiamento das unidades habitacionais, enquanto a CPTM prestará apoio técnico para realização de projeto e obras da Estação Lajeado.

A nova centralidade urbana é um importante avanço no planejamento urbanístico da região de Guaianases, que tem grande densidade populacional, mas infraestrutura deficiente. A previsão é que o projeto seja levado também para outras regiões.

Nova Estação Lajeado

A nova estação Lajeado será construída entre as existentes Guaianases e Antônio Giannetti Neto, distantes 4 km entre elas, ampliando a capacidade de transporte da Linha-11 Coral, que passará a ter 17 estações.

Equipada para garantir conforto, segurança e mobilidade dos passageiros, a estrutura terá acessibilidade universal, além de bicicletário e conexão com um terminal de ônibus municipal e intermunicipal atendido por linhas da SPtrans e EMTU, além de possibilitar o acesso fácil ao transporte por aplicativo, com sinalização de pontos virtuais.

A previsão é que a futura estação Lajeado atenda, em média, 20 mil passageiros por dia. “A futura Estação Lajeado será estratégica para o extremo leste da capital captando novas demandas, potencializando o intenso desenvolvimento urbano da região, propondo a implantação de empreendimentos associados e incentivando as atuais e futuras atividades comerciais”, afirmou o presidente da CPTM.

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