Usina de Compostagem na Cidade Líder é pauta de reunião com lideranças na Subprefeitura de Itaquera

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Na última quinta-feira, dia 03, a Subprefeitura de Itaquera recebeu lideranças para reunião referente o Projeto de Implantação de Usina de Compostagem no bairro Cidade Líder.
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O encontro teve como objetivo a apresentação do projeto e o esclarecimento sobre o funcionamento de uma usina de compostagem que transforma sobras de feira livre em composto orgânico que é utilizado como insumo em jardins e praças públicas, gerando ganhos econômicos e ambientais significativos para a cidade.

O encontro que foi conduzido pela   subprefeita Silvia Regina de Almeida, contou com a presença do Secretário Executivo de SELIMP, Acácio Miranda e do Secretário Executivo de SMSUB, Roberto Arantes.

A cidade de São Paulo conta, atualmente, com cinco Pátios de compostagens, no seguintes bairros: Lapa, Sé, Mooca, São Mateus e Ermelino Matarazzo.

 

Prefeitura esclarece sobre os benefícios das Usinas de Compostagens na Cidade

 

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal das Subprefeituras, informa que está em contato com a população e lideranças do entorno, por meio de reuniões, passando informações pertinentes e ouvindo os anseios da população para a melhor viabilidade do projeto.

 

A secretaria esclarece que o local é uma área pública, onde será construído um pátio de compostagem e outros serviços integrados em benefício da população, como áreas de lazer, arborização e melhoramento viário do local.

 

É importante ressaltar que os pátios de compostagem não são aterros ou lixões a céu aberto, mas sim, alternativas sustentáveis com a função de dar o tratamento ambientalmente correto para restos de resíduos orgânicos de feiras livres da capital, uma vez que esses materiais que iriam para os aterros sanitários já saturados, são reciclados, além de serem geradores de novas vagas de empregos. Os resíduos não ficam expostos a céu aberto, não atraem animais e não produzem mau cheiro.

 

Tratamento dos resíduos orgânicos

O método utilizado nos pátios de compostagem de São Paulo é o chamado aeração passiva, adaptado e desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina. Nesse método, as leiras (pilhas de compostagem) são estruturadas em formato retangular de 2m largura x 20m comprimento e formadas por camadas de FLV (frutas, legumes e verduras de feiras) intercaladas por poda de árvores trituradas.

 

Cada leira é abastecida uma vez por semana com aproximadamente 10 toneladas de FLV, além da camada de poda. A poda, nessa situação, vai dar estrutura às leiras e permitir a circulação do ar no interior das mesmas, o que impede a fermentação e o mau odor. Além disso, as leiras são cobertas, tanto lateralmente quanto em cima, com palha que impede que saia qualquer resquício de odor. Por fim, as empresas contratadas monitoram diariamente a temperatura e geração de odores de todas as pilhas a fim de verificar se o processo está acontecendo de forma adequada.

 

Sobre o projeto

Na prática, o projeto se inicia nas feiras com a participação das equipes de educação ambiental das empresas de varrição, que orientam os feirantes a participarem do projeto, deixando os restos de frutas, verduras e legumes que iriam para o lixo, dispostos em sacos da Prefeitura. Ao final da feira, os agentes de limpeza passam para recolher esse material e os encaminham para os pátios de compostagem da cidade.

 

Chegando no pátio, esses resíduos são misturados com restos de poda de árvore picada e palha. Após isso, são dispostos em leiras (canteiros) onde acontece o processo de compostagem, que leva em torno de 120 dias. Por fim, esses resíduos são transformados em composto orgânico de qualidade que são distribuídos gratuitamente à população.

 

O composto gerado nos pátios é utilizado como insumo em jardins e praças públicas, gerando ganhos econômicos e ambientais significativos para o município, além de evitar o despejo de mais volume em aterros sanitários, diminuindo, assim, o deslocamento de caminhões e emissões de dióxido de carbono ao meio ambiente. O projeto também possui benefícios sociais devido ao amplo uso do composto produzido, que é distribuído gratuitamente para a população, a agricultores familiares e projetos sociais desenvolvidos por ONG´s.

 

Ao todo, a cidade conta com cinco pátios de compostagem, localizados nas regiões da Lapa, Sé, Mooca, Ermelino Matarazzo e São Mateus. De dezembro de 2015 a dezembro de 2021, os pátios receberam 31.544 toneladas de resíduos FLV (frutas, legumes e verduras) das feiras livres da cidade, que estão no projeto Feira Sustentável. Em 2022, já são 5.626,43 toneladas de resíduos já compostados na capital.

 

Os pátios de compostagem têm capacidade de recebimento de até 15 mil toneladas de resíduos por ano e processamento de até 3 mil toneladas de composto, no mesmo período. Os insumos produzidos pelos pátios são doados para a comunidade em pacotes de meio quilo, usados na adubação de hortas e jardinagem. Para quem tem interesse em retirar o composto, basta entrar em contato com a prefeitura pelo e-mail: [email protected].

 

Compostagem no Mundo

Em estudo recente, que mapeia as experiências inovadoras de sucesso ligadas à sustentabilidade em grandes cidades do mundo, publicado pelo UNOSSC (Escritório das Nações Unidas para Cooperação Sul-Sul) e pela ONU-Habitat (Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos), um dos casos de sucesso foi o avanço da compostagem de resíduos orgânicos, que além de produzir adubo, evita mais resíduos nos aterros.

 

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