Trilha com 182 km interligando represas e reservas é inaugurada na Zona Sul

PUBLICIDADE
Essa é a maior rota que liga importantes pontos de lazer da região, como a Balsa da Ilha do Bororé, no Grajaú, passando por parques naturais e Cratera de Colônia
Trilha
PUBLICIDADE

A Prefeitura de São Paulo lançou no sábado (12) a Trilha Interparques, conhecida como “a maior trilha da cidade”. Com 182 km de extensão, o percurso conecta Unidades de Conservação municipais e outras áreas protegidas na Zona Sul da capital, incluindo os Parques Naturais Municipais (PNMs), Parques Estaduais, represas e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), ao Polo de Ecoturismo de Parelheiros, Marsilac e Ilha do Bororé. 

A trilha foi definida pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) e terá início na Balsa da Ilha do Bororé, no Grajaú, passando pelos Parques Naturais Municipais Bororé, Varginha, Itaim e Jaceguava, em seguida passa pelo Parque Estadual Várzeas do Embu-Guaçu, PNM Cratera de Colônia, Parque Estadual da Serra do Mar Curucutu e, por fim, a Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN Curucutu, retornando ao ponto de partida.  

A trilha passa dentro de PNMs, que contam com píer com vista para a represa Billings, uma torre de observação com panorama para a Guarapiranga e área para piqueniques no entorno de um belo lago, proporcionando aos visitantes momentos de contemplação e lazer em meio à natureza. Todo o trajeto é demarcado com placas de sinalização para orientar os visitantes e garantir a segurança de todos.  

Com essa iniciativa, o Polo de Ecoturismo de São Paulo ganha um dos maiores circuitos de ecoturismo da cidade, fortalecendo a conexão entre as áreas naturais protegidas e promovendo a valorização da biodiversidade. O mapa da Trilha Interparques está disponível na página oficial e pode ser acessado aqui. 

“Esse percurso permite que os visitantes tenham contato direto com a biodiversidade paulistana”, explica o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Rodrigo Ashiuchi. “Além da experiência imersiva na Mata Atlântica, a trilha reforça a importância da preservação e do equilíbrio ambiental e fortalece a economia e o turismo na região”, salientou Ashiuchi.  

Natureza preservada e transição para o Cerrado 

A Trilha Interparques atravessa cenários variados e, em determinados pontos, já é possível observar a transição da Mata Atlântica para o Cerrado. O percurso abriga uma flora rica e diversa, incluindo espécies como cedro-rosa (Cedrela fissilis), embaúba-prateada (Cecropia hololeuca), cambuci (Campomanesia phaea), samambaiaçu (Dicksonia sellowiana), tapiá (Crateva tapia) e palmito-juçara (Euterpe edulis). Algumas dessas plantas, como o cedro-rosa, a samambaiaçu, o palmito-juçara e a araucária (Araucaria angustifolia), estão ameaçadas de extinção. 

A fauna local também impressiona pela diversidade que pode ser encontrada. Macacos bugios-ruivos (Alouatta guariba), fundamentais para a dispersão de sementes e a regeneração da floresta, são comuns ao longo do trajeto. Além deles, visitantes podem avistar tangará-dançarino (Chiroxiphia caudata), caxinguelês (Sciurus sp.), quatis (Nasua nasua), e diversas outras espécies. 

 LEIA TAMBÉM: 1ª CORRIDA E CAMINHADA CASA DE DAVID: Ação Solidária em Prol de Pessoas com Deficiência Intelectual, Física e Autismo – Fato Paulista

PUBLICIDADE

Deixe um Comentário