Em seu oitavo ano de história a Slam das Minas-SP inicia a temporada de
2024 com um projeto igualmente rico e desafiador – Mulheres História –
um espetáculo lítero-teatral que celebra a obra de três mulheres muito
importantes para a literatura nacional, Maria Firmina dos Reis, a
primeira mulher brasileira a publicar um livro, Ana Cristina César, nome
marcante da Poesia Marginal dos anos 70 e Maurinete Lima, autora
contemporânea da cena dos Slams, que publicou seu primeiro livro aos 74
anos.
Com direção da poeta e dramaturga Luz Ribeiro, as performances poéticas
trarão à tona a força e a importância dessas escritoras, por meio de
s de suas obras, seleção de textos e interpretação cênica. “As
performances serão construídas em parceria também com o grupo Mão Preta
Libras, que trabalha com interpretação especializada na linguagem
poética”, explica a cofundadora da Slam das Minas-SP e sócia da Baderna,
Pam Araújo, “queremos construir as performances unindo as duas línguas,
de forma a ter acessibilidade integrada à concepção artística”,
acrescenta.
Para cada autora será construída uma performance diferente, a partir da
formação de grupos de estudos, para pesquisa, ensaios, elaboração de
roteiro e escritas das performances poéticas. Esses grupos serão abertos
ao público, mediante inscrições prévias e limite de vagas, “criamos um
programa de formação literária com foco nas escritoras brasileiras
homenageadas no projeto, com apreciação de suas obras, aprofundamento em
suas biografias e discussões sobre tempo e escrita de cada uma”, afirma
a também cofundadora da Slam das Minas-SP e sócia da Baderna, Carolina
Peixoto.
Realizado com o apoio do Programa VAI II, da Secretaria Municipal de
Cultura de São Paulo, o projeto tem duração de oito meses, as
performances serão apresentadas em escolas e equipamentos culturais da
cidade. “Cada escola que receber o espetáculo será contemplada também
com o acervo ‘Mulheres História’, um box literário da Slam das Minas SP
com dez obras que farão parte do processo criativo da construção dos
espetáculos”, destaca com entusiasmo Pam Araujo, “queremos proporcionar
aos alunos o contato, tanto com o legado das autoras homenageadas,
quanto com as nossas obras, para despertar seus olhares e corações para
a potência e beleza da produção literária das mulheres brasileiras”,
conclui.
