A Revolução Russa de 1917 (Vladimir Lenin) inspirava trabalhadores e intelectuais em todo o mundo, inclusive no Brasil, com isso, nasceu o PCB (Partido Comunista Brasileiro) originalmente chamado/fundado de Partido Comunista – Seção Brasileira da Internacional Comunista (PC-SBIC).
Objetivos Iniciais:
Organizar os trabalhadores para a revolução socialista.
Inspirar-se nos princípios do marxismo-leninismo.
Vincular-se à Internacional Comunista (Komintern).
Durante a Segunda Era Vargas, especialmente no contexto do Estado Novo (1937-1945), o Partido Comunista Brasileiro (PCB) viveu uma fase de intensa repressão, marcada por prisões e clandestinidade.
Com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder em 1930, o PCB inicialmente viu com certo otimismo a possibilidade de mudanças progressistas. Contudo, logo se frustrou com a centralização autoritária e a falta de abertura democrática. Já em 1935, a tentativa fracassada de uma insurreição armada – conhecida como Intentona Comunista –, liderada pela Aliança Nacional Libertadora (ANL), da qual o PCB fazia parte, provocou forte repressão do governo contra os comunistas que queriam o poder a qualquer custo e instaurar uma ditadura comunista no Brasil.
A Intentona, que ocorreu em novembro de 1935 e foi rapidamente sufocada, serviu de pretexto para Vargas endurecer ainda mais o regime. Em 1937, com a implantação do Estado Novo, o PCB foi definitivamente colocado na ilegalidade. Seus principais líderes, como Luís Carlos Prestes, foram presos ou forçados à clandestinidade. Prestes foi capturado, e sua companheira alemã, Olga Benário, grávida, foi entregue à Alemanha nazista, onde morreu em um campo de concentração – um dos episódios mais dramáticos da repressão do período.
Durante o Estado Novo, o partido manteve-se ativo na clandestinidade, reorganizando suas bases e atuando entre trabalhadores urbanos, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. Apesar da repressão, o PCB conseguiu manter uma presença importante nos movimentos operários e em setores da intelectualidade, influenciando debates sociais e políticos.
Com o final da Segunda Guerra Mundial e a queda do Estado Novo em 1945, o PCB voltou à legalidade e teve um crescimento expressivo, elegendo parlamentares e conquistando o apoio de setores populares. Mas durante a Segunda Era Vargas, o partido foi, acima de tudo, uma força de resistência, sobrevivendo em condições adversas e mantendo viva a oposição ao autoritarismo varguista.
Filme indicado:
1935, O Assalto ao Poder (2002)
Eduardo Escorel
Prime Vídeo
LEIA TAMBÉM: Partidos Políticos na Segunda Era Vargas: PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) – Fato Paulista