Os 70 anos de um Falcão que orgulha Itaquera

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E provavelmente não exista um time, uma associação ou instituição que represente tanto a luta e resistência do povo de Itaquera.
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26/08/2024 – No dia 11 de agosto, uma das mais emblemáticas entidades de Itaquera, Falcão do Morro completou 70 anos de existência.

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No samba ou no futebol, o Falcão do Morro Itaquerense pode sim ser considerado o espelho daqueles que amam, trabalham ou habitam este bairro-cidade.

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Mirão, Zé Zoiudo, Rubinho, Fábio, Jorje Largado, Mitzuru e o técnico Vitório, Moacir, Rena, Neno, Samaia e Bispo.

 

O Falcão do Morro como a população de Itaquera passa por suas agruras, mas não perde a garra em lutar e buscar dias melhores e tampouco perde a paixão e tanto lirismo que inspira sambistas, poetas, historiadores e intelectuais. O Falcão do Morro Itaquerense é o reflexo de seu povo, na vitória mantém a humildade e na derrota não desanima jamais.

 

No carnaval a Escola de Samba Falcão do Morro Itaquerense marcou uma época áurea  dos festejos de momo em Itaquera. Chegou a desfilar na avenida São João por vários anos quando integrou o Grupo 2 da Uesp (União das Escolas de Samba Paulistanas). Mas para muitos provavelmente o que mais marcou foram os desfiles pelas ruas do centro de Itaquera, quando estravam no baile do Cine Itaquera, o cinema do Evaristo Cipeda, onde hoje se encontra a unidade das Casas Pernambucanas. Lá os sambistas faziam uma bela apresentação e a cada ano a diretoria recebia um troféu das mãos do “seu Evaristo”. E o mesmo acontecia no baile do Elite Itaquerense.

A escola de samba não está mais em atividade, mas sempre existe aquela chama acesa de um dia voltar a desfilar. Sempre é um assunto recorrente entre sambistas do bairro com mais de 50 anos de idade. Mas o que continua viva é a verdade que esta agremiação de samba deu origem a diversas outras escolas de samba do bairro e marcou o inicio dos carnavais em Itaquera.

Já o Falcão do Morro F.C. continua “firme e forte” com as categorias veteranos (50+ e 64+) dirigida por Kafu Santana e Denis Santana quando disputou campeonatos e partidas amistosas durante o ano. O Falcão também mantém a categoria Esporte. Os seus jogos acontecem em sua Praça de Esportes no alto de Vila Corberi, o famoso Morro do Querosene como lembra o historiador Marcos Falcon em um de seus artigos. Lá é praticado o futebol de várzea raiz, atraindo sempre uma plateia dos mais diversos segmentos e entre os que torcem fervorosamente pelo time sempre está Jorge Mautone, o Mestre Cobrinha, figura emblemática e querida no bairro, que marcou época no futebol, mas no carnaval construiu um legado como um dos grandes mestres de bateria da história do carnaval itaquerense, sendo fonte de inspiração aos mais jovens.

 

Claro que a Praça de Esportes do Falcão do Morro precisa ser modernizada e passar por uma reforma, mas no que depender da luta e garra de sua diretoria encabeçada pelo presidente Alex Leitão, logo a “Arena do Falcão” estará em pé de igualdade com os mais modernos campos da várzea paulistana. O Falcão do Morro merece e seu povo também!

 

Fundado em 11 de agosto de 1954 como bem detalha Marcos Falcon em seu artigo: “ São 70 anos de luta constante para se manter em atividade, sobrevivendo como valente pelo esforço daqueles dirigentes abnegados, que mesmo sem dinheiro , trabalham com muito amor e dedicam-se para manter viva a lenda do Falcão eterno”.

 

Ainda em seu artigo o historiador Marcos Falcon faz questão de destacar alguns “abnegados que tanto fizeram pelo Falcão como Mestre Zulu e Mestre Cobrinha”.  Cita também alguns fundadores Pedrão, Dejair, Nininho, Fiinho Espanhol, Dalo, Pinheirinho, Budi e Zé Calipeiro.

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A lista segue com os “falcões guerreiros” que ao longo dos anos ocuparam cargos na diretoria do “mais querido de Itaquera”: Toniquinho, Santana, Rosendo , Sargento, Marcola, Zé Fedô, Dao, Betinho, Coquinho, Lojão, Giba, Caculé, Hued, Temir, Mestre Kafú, Zé Luiz, Bacalhau e o atual presidente Leitão. Claro que a lista é extensa e nem todos os nomes foram citados, mas aqueles que não foram citados sintam-se homenageados em nome dos que aqui foram destacados.

Os nomes são muitos, afinal 70 anos não são 70 dias.

Viva o Falcão do Morro Itaquerense!

 

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