Na última semana de abril, durante uma série de visitas a países asiáticos para conhecer processos de gestão e tratamento de resíduos urbanos, o prefeito Ricardo Nunes postou em suas redes sociais vídeos sobre sistemas que ainda são novidade no Brasil. A boa notícia, entretanto, é que em breve, muitos deles deverão fazer parte da realidade paulistana.
Em um dos vídeos, feito após visitar uma usina que gera energia elétrica com a incineração de resíduos, em Tóquio, capital do Japão, o prefeito comemorou que o processo não gera qualquer odor ou poluentes (confira em @prefeitoricardonunes ou https://www.instagram.com/p/DI_wD9-RZrx/). Para destacar esse diferencial, ele mostrou que todo o entorno da usina conta com residências.
Esse mesmo tipo de sistema, conhecido como Unidade de Recuperação Energética, ou simplesmente URE, deverá ser adotado na cidade de São Paulo dentro de alguns anos. A Ecourbis Ambiental, responsável pelos serviços de coleta domiciliar nas zonas sul e leste do município, instalará dois equipamentos desse tipo, um em cada região atendida.
No momento, ainda estão sendo realizados estudos para identificar qual a tecnologia mais adequada para a realidade brasileira, depois, os potenciais fornecedores de equipamentos serão avaliados e, na sequência, relatórios serão apresentados à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), para análises técnicas e início do processo de licenciamento ambiental.
Todos os esforços estão sendo direcionados para que a gestão e o tratamento dos resíduos urbanos em São Paulo ingressem em uma nova fase, em que o lixo deixa de ser simplesmente enterrado e passa a ser valorizado. No caso das UREs, o resíduo incinerado vai gerar energia, como ocorre em Tóquio e em muitas cidades de países desenvolvidos ao redor do mundo.
Naturalmente, novidades geram questionamentos, e os mais comuns quando o assunto envolve a incineração do lixo envolvem aspectos ambientais. Atualmente, graças às novas tecnologias e aprimoramento dos sistemas de tratamento de gases, os equipamentos de incineração não poluem.
A legislação ambiental no Brasil avançou bastante nas últimas décadas, com os órgãos fiscalizadores cada vez mais atentos a rigorosos com quem descumpre a lei. Na verdade, o cuidado ambiental passou a ser prioridade na maior parte dos países, e o Brasil faz parte desse grupo.
Em seu vídeo, o prefeito Ricardo Nunes fez questão de afirmar que a tecnologia usada no Japão reduz o volume de resíduos em 80%. Essa informação é particularmente importante porque, cada vez mais, as cidades vão ficando sem áreas para garantir a destinação ambientalmente adequada do lixo que a população gera diariamente. E o prefeito reforçou que isso tudo é feito em Tóquio sem causar problemas ambientais, provando que esse sistema pode conviver em harmonia com outros espaços públicos e residências.
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