Como ficará a privatização do Serviço Funerário?

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A Prefeitura anunciou o início da transição do serviço funerário da cidade para consórcios, dando assim o pontapé inicial para privatizar mais este setor dos serviços públicos e claro que já não faltam polêmicas, até mesmo naturais quando se discutem privatizações.
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Foi assim com a telefonia, no Governo FHC, gerando muitas críticas na época. O então ministro das Telecomunicações, Sérgio Mota declarou: “celulares serão comprados em supermercados” e tal comentário acabou virando motivo de chacota. Porém não é de hoje que os celulares são vendidos em grandes redes varejistas. A então midiática profecia se confirmou!

Vale citar ainda que as  linhas de telefones eram adquiridas em planos de expansão com filas imensas e negociadas para a venda ou aluguel a preços exorbitantes. Hoje os telefones são como água e energia elétrica, qualquer domicílio pode ter, bastando pagar a conta de consumo.

Foi no governo de Mário Covas a frente do Estado de São Paulo que várias estradas foram privatizadas. Também não faltou polêmica. Mas hoje mesmo com os altos preços dos pedágios são evidentes as diferenças em estrutura e segurança entre as rodovias privatizadas e as estatais.

Porém existem experiências – que ao menos por enquanto – não estão sendo satisfatórias como na energia elétrica com a empresa Eneel. Por isso a população tem o natural receio quanto a eventual privatização da Sabesp e agora tece criticas a privatização do Serviço Funerário.

Mas é fato que o Serviço Funerário público sempre foi sucateado com pouquíssimos profissionais qualificados em posição de comando, sempre existiram pessoas indicadas para os cargos de comandos. Indicações políticas que jamais refletiram competência.

Porém nada jamais abalou a dedicação dos operacionais como escriturários, agentes de limpeza e coveiros. Todos sempre profissionalíssimos ao extremo, muito diferente de muitos ‘diretores de cemitérios’, no cargo por mero apadrinhamento político.

 

Por isso – que apesar de um certo receio – a população tem mostrado aceitação quanto aos consórcios administrarem o serviço funerário, pois sabem que esta pode ser a alternativa para trocar o apadrinhamento pelo profissionalismo.

 

Abaixo trechos da nota divulgada pela Assessoria de

Imprensa da

Prefeitura de São Paulo.

O Serviço Funerário do Município continuará acompanhando as concessionárias por sessenta dias

Com a assinatura do contrato de concessão de serviços para o último lote de cemitérios municipais, a Prefeitura de São Paulo deu ordem de início para a implementação de todos os serviços envolvendo a troca de experiências entre o antigo serviço e as concessionárias.

Os quatro consórcios vencedores serão responsáveis pela gestão, operação, manutenção, exploração, revitalização e expansão de 22 cemitérios e um crematório público, bem como a administração do crematório já existente e a criação de novos crematórios.

Os cemitérios estão agrupados em quatro blocos:

Bloco 1 (Consolação, Quarta Parada, Santana, Tremembé, Vila Formosa I e II e Vila Mariana) – Concessionária de Cemitérios e Serviços Funerários SPE;

Bloco 2 (Araçá, Dom Bosco, Santo Amaro, São Paulo e Vila Nova Cachoeirinha) – Consórcio Cortel São Paulo;

Bloco 3 (Campo Grande, Lageado, Lapa, Parelheiros e Saudade) – Consórcio Cemitérios e Crematórios SP;

Bloco 4 (Freguesia do Ó, Itaquera, Penha, São Luiz, São Pedro e Vila Alpina (crematório) – Concessionária Prever Administração Cemiterial e Serviços Funerários S.A.

As concessões terão o prazo de 25 anos e gerarão cerca de R$ 1,2 bilhão em benefícios econômicos para a cidade, além da qualificação dos serviços oferecidos para usuários.

Todas as gratuidades já garantidas pelas leis municipais permanecerão após a concessão, além da expansão para cremação. A partir da assunção pelos concessionários, haverá redução de 25% no valor do funeral social, que cai de R$ 755 para R$ 566.

Benefícios para o município

A expectativa da municipalidade era receber R$ 539 milhões em outorgas fixas com a concessão, mas, com o ágio, o montante saltou para R$ 646,5 milhões, ou seja, R$ 107 milhões a mais para os cofres públicos.

 

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