08/10/2024 – No jargão popular “briga de cachorro grande” significa um conflito que nem todos podem “meter o bedelho”. É normal em uma discussão corriqueira em um bar, clube ou roda de amigos, alguém dizer tal jargão. Resta saber se Lula e Jair Bolsonaro vão entrar nesta briga no segundo turno das eleições, já que não é novidade alguma, que ambos transmitiram muito pouco apoio aos seus “afilhados” durante o primeiro turno.
Vale lembrar que o eleitor espera uma “briga de ideias”, de projetos para a cidade de São Paulo e não as brigas literais do primeiro turno, que obrigaram as regras dos debates ficarem cada vez mais rígidas a cada encontro. Tudo por causa de cadeirada, ofensas pessoais e apelidos nada elogiosos.
É, o segundo turno começou e na próxima segunda feira dia 14, já tem o debate do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Os candidatos já estão com agendas lotadas com caminhadas por comércios, reuniões em associações e sindicatos e eventos com a militância. Enquanto Guilherme Boulos ainda sofre com a fakenews, que foi vítima, Ricardo Nunes é enfático em não aceitar o polêmico Pablo Marçal em seu palanque.
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Boulos tenta recolher as penas do travesseiro que foi aberto no décimo andar de um prédio de uma metrópole. Uma fakenews é justamente assim, jamais todas as penas serão recolhidas, por isso é uma das formas mais vis de se atacar um adversário.
O atual prefeito tem a seu favor a grande quantidade de vereadores eleitos que compõe a sua chapa, mas a vereadora do Novo que também deve o apoiar, já que a candidata a prefeita Maria Helena já declarou apoio a Nunes. Este número chega a 37 vereadores eleitos que estarão engrossando a campanha, sem contar ainda vereadores que não foram eleitos, mas estão entre os primeiros suplentes, casos de Paulo Frange e Gilson Barreto, ambos devem sim entrar com afinco na batalha para reeleger Ricardo Nunes.
Já Guilherme Boulos tem a seu favor o fato de ter vencido em diversas zonas eleitorais, principalmente aquelas localizadas nas “franjas da cidade”. Tem a seu favor também a juventude de vereadores reeleitos como Luna Zaratini e Alessandro Guedes e a experiência de Nabil Bonduki que volta a Câmara Municipal e deve entrar com “unhas e dentes” na campanha do psolista.
Neste momento no embate entre os dois candidatos se assemelha a uma luta de boxe em seus primeiros rounds: os oponentes estudando um ao outro, com golpes curtos, esperando o melhor momento para “soltar um direto de direita bem no queixo”, mas por enquanto ainda o que se vê é uma luta quase que diplomática entre Nunes e Boulos. Depois das primeiras pesquisas o embate deve se intensificar e se tornar uma verdadeira “briga de cachorro grande”.