Como controlar o peso ganhado na quarentena

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Por Juliana Rosa (*) Com a pandemia do coronavírus mudamos nosso jeito de trabalhar e se relacionar. A nossa forma de se alimentar também sofreu uma transformação radical nos últimos meses.
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Com restaurantes fechados ao público, quase todo mundo passou a fazer às refeições em casa, de forma caseira ou usando delivery, abrindo brechas para variações no cardápio e tornou-se mais dependente da comida de casa. Mesmo agora, com a flexibilização da quarentena e o retorno gradual ao trabalho, nada indica que a situação vá mudar tão cedo neste quesito.

Segundo estudo ConVid- Fiocruz, realizado no início do isolamento social, entre o período de 24.04 a 08.05, apresentou aumento do consumo de alimentos com alto teor de calorias principalmente pratos prontos, salgadinhos, doces e chocolates, com destaque para aumento de 18% no consumo de álcool de ambos sexos, comportamento que pode ajudar no aumento de peso e nos agravos na saúde.

Outro estudo feito por meio de um questionário online e respondido por 1.470 pessoas, levou em consideração o Índice de Massa Corporal (IMC), tempo de isolamento e alimentação durante a quarentena.  Apresentou resultado de o ganho médio de peso de 2,8kg, onde as pessoas relataram engordar entre 1,1 kg e 12kg, este último número foi registrado entre participantes que estavam isolados há mais de 45 dias. Quase metade dos entrevistados (48,1%) afirmou sentir mais vontade de comer, mesmo quando não está com fome, mas 44% afirmaram que não mudaram os hábitos alimentares. Segundo a pesquisa, 23% dos entrevistados ganharam peso e 17% relataram que emagreceram. “As pessoas que estavam há mais tempo em isolamento foram as que mais variaram o peso. Tanto para ganhar quanto para perder”, explica a endocrinologista Rosita Fontes, que é membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e uma das integrantes da equipe que fez o levantamento.

Vale ressaltar que os últimos dados sobre sobrepeso nos brasileiros apresentam 55,7% da população adulta e 19,8% com obesidade, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico: Vigitel, de 2018, isto é, quase 20% da população já apresentava obesidade e mais da metade dos brasileiros está acima do peso, fator importante se pensarmos que o confinamento aumentou o compartilhamento de hábitos para quem mora junto da família.

Estes dados demonstram que apesar da alimentação fazer parte do dia a dia dos brasileiros apresentam-se com dificuldade na escolha dos alimentos e no planejamento alimentar. Além do aumento de peso elevar o fator de risco de doenças infamatórias e a Covid 19 em todas as faixas etárias, altera a produtividade no trabalho e estudos por vários aspectos na saúde física e mental.

Com orientação profissional é possível buscar estratégias para promover melhor planejamento alimentar individual e do familiar.

E para toda mudança que deseja tirar do papel, o uso de técnicas utilizar técnicas com métodos simples e práticos faz necessário para melhor visualizar as mudanças e conquistas. Uma delas é o uso do Kanban: ferramenta usada para acompanhar as atividades prioritárias em ambiente corporativo, com destaque para divisão de três momentos (fazer, fazendo e feito) e utilizada para o meu método de atendimento ao aplicar junto ao planejamento alimentar, com principal função de acompanhar, com mais clareza, quais metas estão sendo trabalhadas naquele momento e quais precisam ser trabalhadas com mais atenção.

 

 

(*) Juliana Rosa é Nutricionista e Palestrante. Graduada pelo Colégio Salesiano de Santo André e Especialista em Nutrição. Colunista em revistas e blogs, regularmente realiza cobertura científica dos principais eventos e congressos de nutrição e saúde. Palestrante em eventos para promoção da saúde. Realiza atendimento em consultório e In Company, para empresas que desejam cuidar dos seus colaboradores @nutrijulianarosa / [email protected]

 

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