Quem passa pelo bairro nos finais de semana tanto pela Jacú Pêssego como pela Radial Leste e não conhece o bairro, com certeza se maravilha com o show de luzes dos brinquedos do Parque Marisa. Sem dúvida é uma atração do bairro, para muitos é uma referência: Itaquera o bairro do Parque Marisa, onde chegam a passar mais de 6 mil pessoas por final de semana, também de outros bairro e cidades vizinhas. Considerado por muita gente como “Playcenter da Zona Leste”, o Parque Marisa conta com 21 brinquedos, gera 20 empregos diretos e mais 80 pessoas que trabalham aos finais de semana.
O Fato Paulista entrevistou o empresário Miguel Cerreti, diretor proprietário do complexo de entretenimento. Ele conta que o parque foi fundado em 1972 e um fato curioso marcou a história do Parque. “Em 1972 fui registrar na Junta Comercial. Aí eu tinha que colocar um nome fantasia e eu nem tinha pensado nisso. Foi quando o funcionário da Junta Comercial comentou comigo que eu poderia colocar o nome de um filho ou filha. Eu já tinha um filho, mas com o meu nome e minha esposa estava grávida e se fosse menina pretendíamos colocar o nome de Marisa. O funcionário gostou e disse que era sonoro e assim registrou Parque Marisa”, contou o simpático senhor Miguel.
O leitor deve estar se perguntando: “mas afinal era menina ou menino?”. Era menino, depois veio mais um filho homem, mas o Parque Marisa acabou se tornando o quarto filho do casal.
O seu Miguel lembra que o parque começou itinerante com apenas dois brinquedos: um balanço de corda e um carrossel com 4 cavalinhos de madeira, que era empurrado a mão. Assim rodou por 14 anos em mais de 110 bairros da capital e cidades vizinhas. Em 1986 chegou em Itaquera com 4 brinquedos e hoje são 21 brinquedos, desde os mais tradicionais e até os mais modernos. “E não temos mais por causa de espaço”, contou.
Além dos 21 brinquedos o Parque Marisa conta também com 20 barracas terceirizadas com os tradicionais: bilhar americano, tiro ao alvo, argola, pasteis, lanches, doces, entre outras.
Entre os brinquedos os destaques são a montanha russa, a moderníssima roda gigante com 24 metros de altura, o trem fantasma e um que vem desde os anos 70 e que não sai de moda: o carrinho bate bate.
Ao andar pelo parque a equipe do Fato Paulista se deparou com um parque limpo, brinquedos em estado de novo, sem pontos de ferrugem, ou fios soltos. Um parque tratado de forma impecável, com esmero, profissionalismo, capricho e – sobretudo – muto respeito ao seu público.
Para isso lá trabalha todos os dias uma equipe de manutenção diária com eletricistas, pintores, limpeza e apoio, tudo visando a segurança dos frequentadores.
Vale destacar outro fato curioso, muitos casais foram formados no Parque Marisa, época áurea dos ingênuos namoros no parque. Hoje estes casais trazem os netos, mostrando assim que é uma tradição que vai atravessando gerações.
O Parque Marisa também se notabiliza pelo compromisso social com o bairro e tem como grande parceiro, o Padre Rosalvino Moran Vinayo das Obras Sociais Dom Bosco. O parque sempre disponibilizou uma cota de ingressos para as crianças atendidas pelos projetos sociais no Padre Rosalvino. “Claro que não tem como vir todas crianças de uma vez, sempre sugiro eles trazerem grupos de 50 crianças por domingo. O padre Rosalvino é um grande amigo que muito me ajudou”, comentou o simpático Miguel Cerreti.
“Eu tenho muito a agradecer a Itaquera e sua população. Eu nunca ia imaginar que um dia eu fosse chegar em um lugar e ficar por 39 anos. Cheguei aqui para ficar uns 30 ou 40 dias e estou até hoje. Cheguei a até fazer show com música sertaneja em cima de caminhão. Itaquera precisa ter um incentivo maior para as empresas se instalarem em gerar empregos por aqui. Devo muito a Itaquera!”, finalizou com muita emoção.
O Parque Marisa funciona aos sábados, domingos e feriados, das 15h00 até a meia noite.
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