Prefeitura aprova ampliação da Central de Tratamento Leste e a criação do Ecoparque Leste, em São Mateus

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Para uma metrópole com as dimensões de São Paulo, a ampliação da central permitirá o aumento do potencial de reciclagem da cidade e a consequente redução do envio de resíduos destinados a aterros.
ampliação da Central de Tratamento Leste
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O prefeito Ricardo Nunes sancionou a lei que possibilitará a ampliação da Central de Tratamento Leste (CTL) e a criação do Ecoparque Leste, em São Mateus. Com isso, a cidade de São Paulo deu um passo importante para reduzir o impacto da produção de lixo domiciliar e ainda criar uma solução avançada para tratar os resíduos, com infraestrutura e tecnologia que permitem transformá-los em energia elétrica renovável, com o aproveitamento do biogás, e do biometano, um combustível com propriedades similares ao GNV (Gás Natural Veicular).

Para uma metrópole com as dimensões de São Paulo, a ampliação da central permitirá o aumento do potencial de reciclagem da cidade e a consequente redução do envio de resíduos destinados a aterros. Haverá a redução de impactos ambientais, com o manejo adequado de resíduos e menor emissão de gases de efeito estufa. Como o ecoparque exige uma força de trabalho diversificada, também haverá geração de empregos diretos e indiretos.

A medida é especialmente urgente no caso do Aterro CTL, que tem o fim de sua vida útil prevista para 2026. A CTL é responsável pela disposição dos resíduos sólidos domiciliares do agrupamento Sudeste de São Paulo e recebe cerca de 7 mil toneladas de resíduos por dia.

Com o seu fim, sem uma alternativa na capital, possivelmente seria necessário encontrar locais fora do município para a destinação do lixo domiciliar. Dessa forma, a criação desses equipamentos representa menos custos e impactos ambientais caso os resíduos tivessem de ser levados a áreas mais distantes, pois o deslocamento dos caminhões será feito por um trajeto mais curto, o que representa gasto menor com combustível e consequentemente, menor emissão de poluentes no ar.

Para compor a estrutura, vai ser criado o ecoparque, um equipamento público, aberto à população, com viveiro de mudas, centro de treinamento ambiental e técnico, espaço para novas tecnologias de tratamento, unidade de recuperação energética. No local é feita a separação mecanizada dos resíduos, tratamento da fração orgânica/biológica desses rejeitos, recuperação energética, áreas para implementação de novas tecnologias e treinamento ambiental profissional, buscando a integração com o município.

Os ecoparques contam com unidades de triagem mecanizadas (UTMs) destinadas à recuperação de materiais recicláveis, além de infraestrutura e tecnologia para geração de composto orgânico a partir de resíduos, além da capacidade de geração de créditos de carbono.

Os ecoparques são amplamente utilizados no mundo, inclusive com as unidades de recuperação energética, em diversos países na Europa, além de Japão e Estados Unidos.

Mais árvores  

Como compensação pela ampliação da Central de Tratamento Leste (CTL) e a criação do Ecoparque Leste, serão plantadas 19.336 árvores. O empreendimento cumpre rigorosamente as exigências ambientais e foi autorizado pelos órgãos licenciadores, incluindo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), que concedeu a Licença Ambiental de Instalação (LAI nº 03/CLA-SVMA/2024). O licenciamento destes equipamentos está a cargo da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).

A Lei 18.209/24 foi sancionada pelo prefeito Ricardo Nunes em edição extra do Diário Oficial da Cidade, publicada na sexta-feira (20), após a Câmara Municipal aprovar o Projeto de Lei (PL) 799/2024, que altera um mapa do Plano Diretor Estratégico (PDE), que trata dos limites das Macroáreas no território da cidade de São Paulo.

As regiões que se utilizam do aterro são Aricanduva/Vila Formosa, Campo Limpo, Capela do Socorro, Cidade Ademar, Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo, Guaianases, Ipiranga, Itaim Paulista, Itaquera, Jabaquara, M’Boi Mirim, Parelheiros, Santo Amaro, São Mateus, São Miguel Paulista, Vila Mariana, Vila Prudente e Sapopemba.

Atualmente, a Central de Tratamento de resíduos domiciliares capta uma média de 18 mil litros de chorume (líquido proveniente da decomposição do lixo) por mês. Esse rejeito é encaminhado para a central de tratamento de esgoto da Sabesp e retorna como água de reuso para limpeza de ruas, feiras livres e calçadões.

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