23/09/2024 – No último dia 20 em evento para representantes da SP Regula no Aterro Sanitário da Ecourbis Ambiental em São Mateus foi inaugurada a Estação de Tratamento de Efluentes, que fará o tratamento prévio do chorume e encaminhado a Sabesp.
A Ecourbis Ambiental, concessionária municipal que por meio da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Munícipio de São Paulo – SP Regula presta os serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final ambientalmente adequada de resíduos domiciliares (comum e reciclável) e resíduos dos serviços de saúde no Agrupamento Sudeste da cidade de São Paulo, região que reúne 19 das 32 subprefeituras da capital, nas zonas sul e leste, concluiu a instalação de uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) no Aterro Sanitário CTL – Central de Tratamento de Resíduos Leste. O novo equipamento utiliza sistemas de tratamentos físicos, químicos e biológicos.
O objetivo com a instalação da ETE é garantir que o chorume gerado no aterro sanitário e encaminhado para a Sabesp chegue à empresa de saneamento com uma carga orgânica menor. Dessa forma, o tratamento nas estações da Sabesp passará a ser realizado em condições ainda mais adequadas. A geração de chorume é um processo natural, que ocorre a partir da decomposição da matéria orgânica. Desde o início de suas operações, em 2010, o CTL captura e encaminha para tratamento especializado todo o chorume gerado no aterro, seguindo estritamente as diretrizes determinadas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
O chorume conta com uma carga orgânica elevada, expressa no indicador DQO, sigla de Demanda Química de Oxigênio. Logo após ser capturado, o chorume gerado no aterro sanitário apresenta um DQO médio de 7.250 mg/l. Após passar pelo tratamento na ETE, o indicador cai para 2.500 mg/l. O nitrogênio amoniacal é considerado um dos compostos mais prejudiciais em um efluente, e, no CTL, após o tratamento ele é reduzido de uma média de 2.350 mg/l para 20 mg/l.
O investimento total na instalação da ETE (obras e equipamentos) foi de aproximadamente R$ 65 milhões. Construída em um sistema modular, ela ocupa uma área de 1.350 m² (metros quadrados). As obras civis foram concluídas em 18 meses. Atualmente, o sistema encontra-se em fase comissionamento.
A solução tecnológica adotada à ETE considerou como premissa a manutenção do Termo de Cooperação com a Sabesp para descarte na rede coletora, que implica no atendimento do artigo 19A do Decreto Estadual nº 8.468/76.
Central de Tratamento de Resíduos Leste – CTL
Construído e operado pela Ecourbis Ambiental, o Aterro Sanitário CTL – Central de Tratamento de Resíduos Leste entrou em operação em novembro de 2010. O empreendimento representa um dos principais marcos contratuais estabelecidos na vigência do contrato de concessão firmado em 2004.
O CTL é o local de destinação final ambientalmente adequada dos resíduos domiciliares gerados pela população que reside no Agrupamento Sudeste da cidade, recebendo, em média, 7 mil toneladas de resíduos por dia.
A CTL ocupa uma área total de 171,8 hectares, destinados à implantação do aterro sanitário, faixa de proteção ambiental, restauração de áreas internas remanescentes, estação de captação e queima de biogás, balança, unidades de apoio operacional, acessos e demais instalações de suporte.
Contratos de concessão
Em 13 de junho, os contratos de concessão com a Ecourbis Ambiental e Loga, responsáveis pela execução dos serviços divisíveis de coleta, transporte, tratamento e disposição de resíduos sólidos, foram renovados, por mais 20 anos. A medida vai garantir à cidade economia e qualidade tanto do ponto de vista ambiental e tecnológico, quanto nos incentivos à eficiência e excelência dos serviços, e em mecanismos para prevenção de conflitos e eventuais descumprimentos de marcos contratuais.
Do ponto de vista operacional, entre outros avanços, a renovação contempla a substituição, na fase de coleta, da frota atual, movida à diesel, por veículos a gás e elétricos; a construção de três ecoparques, que trará impactos positivos sobre produtividade e a efetividade da triagem dos resíduos recicláveis e a evolução dos processos de triagem e tratamento dos resíduos coletados, que permitirá a redução da quantidade do material a ser destinado pelas concessionárias aos aterros sanitários.
LEIA TAMBÉM: Arquivos Meio Ambiente – Fato Paulista
