30 anos depois tarifa zero volta a ser discutida em São Paulo

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A questão não é de hoje, surgiu pela primeira vez com grande impacto na gestão da prefeita Luiza Erundina (1989-1992) do Partido dos Trabalhadores, para os padrões da época, uma gestão de extrema esquerda. A proposta partiu do Executivo, tramitou na Câmara Municipal mas acabou não vingando.
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Depois surgiram outras propostas de gratuidade no transporte público, mas que nem ganharam destaque na grande mídia. Porém o Movimento Passe Livre em 2013, ganhou o noticiário com diversos protestos, inclusive em São Paulo, mas a tarifa continuou a ser cobrada na cidade.

Agora em 2022 mais uma vez a questão volta a baila e como em 1990, também parte do Executivo. De acordo com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), a administração municipal solicitou à SPTrans um estudo jurídico e financeiro para avaliar a possibilidade da tarifa zero na cidade. Nunes explicou que o objetivo é “fazer com que o transporte coletivo seja mais utilizado do que o transporte individual”.

Após ser tema na Câmara Municipal de São Paulo, a tarifa dos ônibus na capital paulista voltou à pauta da Casa no dia 11 último. O Parlamento paulistano pode iniciar nos próximos meses a discussão sobre a viabilidade de a Prefeitura tornar o transporte público gratuito na cidade.

Claro que a questão é polêmica, pois será inevitável qualquer cidadão questionar: “De onde sairá o dinheiro para custear a tarifa dos ônibus? Poderão faltar recursos em outras pastas como Saúde e Educação”?. Questionamentos mais do que naturais.

Em recente entrevista o prefeito Ricardo Nunes destacou que o principal desafio é encontrar formas para financiar o sistema dos ônibus, que custa aos cofres públicos R$ 10 bilhões por ano. Ele ainda descartou utilizar os aproximadamente R$ 32 bilhões que a gestão do município tem em caixa, já que a maior parte deste recurso está empenhada ou vinculada a outras áreas da cidade.

Com toda esta questão vale lembrar que a mesma ideia surgiu na gestão de uma prefeita de Esquerda, agora ressurge em um governo de centro. Qual será o posicionamento dos vereadores da Esquerda paulistana? Qual será o posicionamento dos parlamentares da Direita e do Centro? Somente o tempo dirá!

 

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